quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

SMRN 2007

Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento 2007 (PT)
A Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento, iniciativa da Associação Francófona pelo Parto Respeitoso (“Alliance Francophone pour l'Accouchement Respecté”), é celebrada anualmente, desde 2004, durante o mês de maio em diversos países.

Este ano, se realizará de 7 a 13 de maio e terá como tema para as ações o “Nascimento Respeitoso”, título inspirado no selo de qualidade promovido pela Coalizão para a Melhora dos Serviços de Maternidade (Coalition for Improving Maternity Services, a partir de Iniciativa Amiga das Mães e Bebês (Mother-Baby Friendly Childbirth Initiative). Além da segurança física básica, a segurança emocional e psíquica é a outra condição essencial para assegurar que o processo do parto e do nascimento permaneça um evento fisiológico e não médico, preservando, assim, para as mulheres e seus filhos, seus aspectos íntimos e civis. Dessa forma, esse ano, três aspectos serão enfatizados durante a Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento:

• a necessidade de qualidade, em um momento em que as maternidades passam por pressões para priorizarem o lucro;
• a quantidade e a qualidade dos serviços prestados pelos profissionais, aspecto diretamente relacionado com a qualidade do atendimento ao parto e nascimento;
• o respeito pela escolha do local de parto e nascimento pela mulher e seu companheiro.

No que tange a realidade brasileira, no âmbito da atenção materno-infantil, os índices de cesarianas ultrapassam, e muito, os limites ideais propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS); a rotina hospitalar utiliza práticas prejudiciais ou ineficazes que devem ser eliminadas, ainda de acordo com a OMS; as leis que visam dar suporte emocional e psicológico às parturientes não são plenamente respeitadas, a exemplo da Lei do Acompanhante (Lei 11.108/2005, Lei 8.080/1990).

Para a Parto do Princípio, a Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento (SMRN) será uma ocasião para reafirmar publicamente que a reprodução humana é um fato social em primeiro lugar; que o ponto de vista médico-hospitalar não deve ser a única referência uma vez que 80% dos partos não requerem intervenção médica (OMS); que a mulher deve ser informada e consultada acerca de todos os procedimentos que poderão ser realizados e deve ter suas escolhas respeitadas, tendo seus direitos assegurados, inclusive no que diz respeito ao local onde quer parir, seja em casa, na casa de parto ou no hospital, no apartamento ou no bloco cirúrgico; que os profissionais devem ser preparados para prestar um atendimento adequado e humanizado, nos termos do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) do Ministério da Saúde, por exemplo.

Enfim, este é um momento para refletirmos sobre esses tópicos e questionar médico(a)s, enfermeiro(a)s, pediatras, hospitais, maternidades, Municípios, Estados e nós mesmos sobre o que queremos para nós e para nossa sociedade. São questões de cidadania, de direitos, de respeito ao próximo, de informação, de educação. Será uma época especialmente destinada para levantar a discussão e propagar informações acerca de como lidamos e como poderemos lidar com o parto e com o nascimento no Brasil.

Participe!

• Divulgue a SMRN e suscite discussões sobre o tema no seu círculo de amizade, no trabalho, na família, nos meios de comunicação;
• Leve informação às usuárias, gestantes, mães e consumidoras dos serviços de saúde;
• Promova palestras, eventos e/ou conferências com indivíduos, grupos, Ongs, associações, profissionais e instituições;
• Organize ações em rede, criando parecerias com outras instituições;
• Oficialize a celebração com apoio do governo/órgãos governamentais locais e nacionais;
• Disponibilize links e documentos ligados aos temas em sites relacionados;
• Traduza o material disponível;

Mobilize-se!

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